...
Este meu eu que se enrola nas coisas que sou!
Que se desmancha em cada palavra que passeia na língua.
Este, que se cansa, que se encanta e espanta com a vida, produz fadiga.
Este meu eu que de tanto que, quer o pulmão pulsar, o sangue jorrar!
Este meu eu que nunca foi meu, agora pede financiamento de ilusões.
Este meu que em fevereiro escreve, espera os foliões e suas folias eufóricas,
Com seus cantos destoantes, suas alegrias alcoolizadas, sambas, enredos toscos e estranhos...
Este meu eu que não tem um tamborim que se esquece de mim,
Este que faz melodia, disritmia. Que agora se escreve, descreve e se fere!
Este que não, que sim, que talvez...Que? Que não se lembra que o que pode trazer o ser, e que sendo, talvez possa existir, que existindo possa vir a ser! Que se perde diante de tantos quês que perturbam a alma, a calma, hora e a aurora!
Este meu eu que se tanto perturbar, que tanto se encontra com o, com o por, fazendo o que? Por que? E muito me irrita quando ele se encontra com pra, se fazendo pra que? E muito me enjoa quanto tudo esses quês juntos se torna poesia, fazendo que tudo que veja, sinta e viva seja puramente e originalmente poesia!
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