quarta-feira, 31 de março de 2010

Metropole

Sou uma cidade que sempre se reconstrói...
Vivo no mesmo solo.
Porém, me Edifico em novos edifícios, casas, casebres e palácios...
Hábito a mesma favela,
Alugo as mesmas mansões,
Pago os mesmos impostos.
Permaneço andarilho, a procura do resquício que sou...
Ando na penumbra,
Subo a ladeira.
Percorro a avenida sinuosa e longa...
Neste caminhar comigo com destino para o meu umbigo,
Não há volta!
Coisas ficaram ao longo do almejar:
Deixei a terra de Cora Coralina , mas, trouxe as poesias.
Não sinto cheiro da terra vermelha, porém, elas fazem parte de minha história..
Vim sem a família, todavia, seus princípios estão comigo...
O tempo bom levou tudo que causava peso, angustias e rancor...
A mesma cidade,
Com a mesma quantidade de habitantes...
Porém, dono de uma outra qualidade de vida.
Todos os meus Rios estão sendo despoluídos,
Nele teremos peixes e águas translúcidas.
Sou o melhor lugar para que posso habitar-me...

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