quarta-feira, 31 de março de 2010

A Falta da Lua

Quando nasci a lua não estava minguante,
Aliás, ao nascer a lua não estava.
Vim, sem lua mas com uma absoluta precisão para existir

Existo sem a lua,
Vivo na rua.
estou em uma crescente,
ando cheio de gente,
Com correntes e concorrentes.

Sem a lua cheia e cheio das coisas que enche-me:
Presidente, prefeitos, governadores, senadores, zeladores, dores, ardores e elevadores.
Eu vivo quase morto,
Em um céu opaco, sem lua,
Pois meu nascimento não foi fruto da lua.
Eu me rendi a vida, Confesso: é arriscado nascer e viver sem lua, na rua.
Eu me gasto em fases,
Eu me gasto em partes,
E me perco em projetos e leis.
Simplesmente isto: A falta da lua.

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