quarta-feira, 31 de março de 2010

Nós

Nós fomos a tantos lugares,
Criamos tantas frases,
Saboreamos sorvetes, pizzas, pasteis e outras coisas que engordam!
Lembro-me dos ternos lábios teus,
Recordo-me quando minha dor era vossa.
Quando vosso era ainda nosso,
Quando o tempo não era fechado,
Quando o amor não era ódio,
Não era febril.
Lembro claramente o tom do seu sorriso em abril.
Sei que suas mãos ainda desejam propalar em meu corpo.
Sabe aquele corpo que você assentava ao avesso?
Aquele que adorava passar o tempo?
Aquele que te cobria o frio?
Aquele que foi teu.
Então, agora é só meu.
Ele ainda lembra-se de ti e ao dormir vive a procura do teu.
Eu, numa atitude de advertência, digo ao meu que o teu não é mais meu.
É vosso.
Que essa dor, não é mais sua...
È da lembrança que a brisa às vezes trás e leva.

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