Opto pelo Erro!
Navego mais fundo no mar do meu íntimo, pois assim descubro que preciso matar os pensamentos que tenho sobre mim.
Toda vez que cruzo esse oceano pessoal, vejo as mentiras que guardo ao meu respeito.
Somente assim desvendo as calúnias que vivem na sombra do meu cotidiano.
Muitas vivem alimentadas por mim, outras são alimentadas por outros, porém todas são mentiras e calúnias.
Não sei mais bem que sou de fato. Pensei que fosse mar, depois vi que sou oceano, mas se continuar corajoso e continuar navegado, posso ser um rio curto e longo. Já pensei tantas coisas sobre mim, mas de fato acho que não pensei as coisas certas.
Opto pelo errado, pois nele sei que estou certo. Eu sou o erro, o equivoco. Talvez por não saber a mira certa que devo olhar-me. Quando me olho como cidadão, me vejo um idiota.
Sem uma opinião formada sobre nada, que não consegue ir além. Um rio sem vida, sem densidade, um mar sem maré. Exatamente um córrego poluído de pensamento!
Tantas correntezas me passam a pele, inúmeros pensamentos invadem areia da mente, eu permaneço absoluto preso em tudo que não sou para continuar sendo o que penso que sou.
È, realmente não sei, se o mar se vê como mar, ou se alguém já conseguiu se vê como cidadão. Penso que por isso meus pés caminham em direção ao fluxo e fazem os mesmos caminhos de todos. Mesmo às vezes sabendo que estes não são caminhos. Seria esse meu abismo? Quero ir ao encontro do caminho sem saber a estrada que me leva? Ou sou minha própria estrada?
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