Possuo ondulações,
Curvas acentuadas,
Fechadas e perigosas.
Minha mão não é dupla,
Provoco o congestionamento da vida.
Não tenho, velocidade máxima permitida.
Minha sinalização é dúbia.
Meu sentido é único, é incerto.
Abrigo todos que vem e vão.
Levo o vento ,
O tempo,
O olhar vago que vaga devagar na rapidez das almas.
Deixo o amargo passado, o doce presente,
Passo na última marcha o futuro.
Minhas âncoras estão no mesmo lugar de partido,
Por isso me sinto o mesmo, a mesma estrada.
Não adiantou,
Nada bastou,
Foi em vão tudo: o asfalto, as ladeiras, as curvas, os percursos.
A gasolina que abasteceu meu ar foi adulterada. Não consigo sair da reserva!
Sou hoje a estrada com buracos, sem cuidado e perigosa.
Uma pista sem pistas, sem rastros.
A estrada.
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